segunda-feira, 31 de março de 2008

Aconchego

Aconchego
Poema de Carlos Magno

Que bom se entre nós
Houvesse um aconchego!...
Eu poderia comparar:
Ao roçar dos galhos
Pelos arvoredos
Que tocam poemas
Na flauta dos ventos
E pintam verde
Na tela do espaço.

Que bom se entre nós
Houvesse um aconchego!...
Eu poderia comparar:
A um colar de risos
Que fabriquei
Da sucessão de nuvens
Que povoava o céu
Após a tempestade
Numa tarde rosa de verão.

Que bom se entre nós
Houvesse um aconchego!...
Eu poderia comparar:
A um novelo de espumas
Formando beiral de rendas
Que as ondas prendadas bordam
Por todo areal da praia,
Onde as esguias gaivotas
Mergulhando fisgam peixes.
Quando não remam as asas
Vagueiam plumas no ar.

Acróstico 1

Acróstico 1
Poema de Carlos Magno


Se eu tivesse o poder divino,
Um céu no chão eu forraria agora
E colocava no meu sul - real,
Luas, estrelas, o romper da aurora
Y, x etc. e tal.

Botava água limpa nos riachos
E nas roseiras, rosas e botões.
Nos teus cabelos, feito espiral
Eu enlaçava nossos corações,
Depois do x, etc. e tal.

Imaginando-me um colibri
Tocando a flor enquanto o ar golpeia,
Ou mesmo a alegria de um pardal
Deixando o corpo se esponjar na areia,
Antes do x, etc.e tal.

Remava um barco para o mar de rosas
Onde as estrelas buscam horizontes,
Cortando nuvens pelo sideral.
Hoje, amanhã, enquanto houver a fonte,
Até o x, etc. e tal.

Você Chegou

Você Chegou
Poema de Carlos Magno

O dia apareceu mais cedo.
O sol quis mostrar seus dedos
horas antes do costume.

Entre as flores mais viçosas
tinha uma penca de rosas
Despetalando perfume.

A tarde não fez por menos
vestindo o chão de sereno
Quando o dia evaporou

E um punhado de estrelas
a noite fez acendê-las
só porque você chegou.

domingo, 30 de março de 2008

Eu Gostaria Tanto...

Eu Gostaria Tanto...
Poema de Carlos Magno

Eu gostaria tanto,
de deitar minha cabeça
no teu colo,
pra voar nas asas
dos teus sonhos
e mergulhar no oceano
das tuas vontades.
Eu gostaria tanto,
de me embriagar
no cheiro do teu corpo,
de me queimar nas labaredas
dos teus lábios
e me banhar na poesia
dos teus olhos.
Eu gostaria tanto,
de te arrancar dos braços
do teu mundo
e convidar o raio
de uma estrela
para pintar azul
no chão da nossa rua.
Eu gostaria tanto,
das minhas mãos
brincando em teus cabelos,
até que o véu da noite se rasgasse
e o teu sorriso amanhecesse em mim.