domingo, 20 de junho de 2010

Folhas Mortas de Sono

Poema de Carlos Magno

Vestindo de verde o espaço,
entre beijos e abraços,
as folhas se juntam.
Porquê não podemos também
praticar esse bem?
É o que todos perguntam.
Nos braços da mãe natureza
esbanjam beleza
e nos dão proteção.
Os raios de sol nos castigam
e elas nos abrigam
com as sombras que dão.
Procuram estar sempre unidas
e de bem com a vida
se mostram saradas.
Mas quando é demais o calor,
elar mudam de cor
ficam desidratadas.
Despencam e rolam no chão
dando a deus ao verão
na chegada do outono.
Pedindo pro vento sair
gritam:Deixa eu dormir
que estou morta de sono.

Mãe Amamentando



Pintura de Carlos Magno
Acrílica s/tela
60x50cm.

Frêvo



Pintura de Carlos Magno
Acrílica s/tela
60x50cm.

Africana



Pintura de Carlos Magno
Acrílica s/tela
30x30cm.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Elo Quebrado

Elo Quebrado
Poema de Carlos Magno

Quem ama sem ser amado,
Perde a visão de repente.
Troca o certo pelo errado
e na verdade não sente
que quando um elo é quebrado
ele solta da corrente.
Mas amor é um sentimento
que ninguém pode evitar.´
É feito chuva de vento
varrendo as águas do mar.
É fogo do pensamento
que faz o peito queimar.
Por isso a gente suspira
num verso ou numa canção,
pisando um chão de mentira,
voando um céu de ilusão,
enquanto as cordas da lira,
balançam no coração.

domingo, 23 de novembro de 2008

Capim do Lago

Capim do Lago
De Carlos Magno

O vento sussurrou afago
no capim do lago
quando eu te vi.
Num céu vazio de fumaça,
encontrei a garça
e o colibri.
O bosque pareceu risonho
perfumando sonhos
com seu verdejar.
Viola minha mão harpeja
e uma voz sobeja
enfeitou luar.
Bem no fim da serenata,
do lençol da mata
alua fez divã.
Foi dormir despreocupada
com a madrugada
quase de manhã.
O vento sussurrou afago
no capim do lago
e tudo se acabou.
Ah!...Se o tempo não passasse
e ainda sussurrasse
o vento que afagou.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Tristeza Que Maria Me Deu

Tristeza que Maria me Deu
De Carlos Magno

Maria juntou a tristeza todinha
Do mundo e me deu.
Nos braços da brisa desapareceu.
Um raio de luz num relance apagou.
Vesti esperança no pranto que vi
do meu rosto rolar.

Pensei que a tristeza não fosse ficar
E ela ficou no lugar de Maria...
Ainda de tranças eu vejo Maria na imaginação.
Parece criança brincando na porta do meu coração.
E de repente quase que eu grito querendo chamar:
Maria, Maria, Maia, Maria.