segunda-feira, 28 de abril de 2008

Sonhar é Viver

Sonhar é Viver
Poema de Carlos Magno

O dia amanhece.
No verde do bosque,
o sol risca traços de luz.
O afago do vento que corre nas águas do mar
provoca um balanço nos braços das ondas
que embala meu corpo.
Eu vou pro trabalho e volto cansado.
Me deito na rede e começo a dormir.
Sonhar é viver na maior liberdade.
Na boca da noite a chuva me acorda.
O céu, de repente, se pinta de estrelas.
Vestida de prata a noite é luar.
Quem gosta de amar
se em bala ao som da canção
que rasga o silêncio e vai namorar

Raios de Luz

Raios de Luz
Poema de Carlos Magno

Me enrolo nas cordas
dos raios de luz
que saltam das pedras
que brincam nos rios
e bebo sorrisos
de estrelas e luas
que passam nas ruas
dos meus atropelos.
Dou voltas no tempo,
esbarro no acaso,
nas rosas do vaso
Descanso olhar.
Min’alma orvalhada
Chorando alegria
desfia um rosário
de amor pra te dar.

Pôxa

Pôxa
Poema de Carlos Magno

Pôxa!...
Que entardecer risonho,
o mundo bordou de sonho,
pra enfeitar esse lugar.
Veja só que nuvem flutuante!
Parece o mesmo brilhante
que acende o teu olhar.
Se uma querência bem medida,
se atirar de tua vida
pra viver em minhas mãos,
eu a apertarei assim nos dedos,
como se guardam segredos,
se não, vazam pelos vãos.
Ah! Se tua pele vaporosa
fosse pétala de rosa
e eu gota de sereno!...
Eu não perderia tal ensejo,
despejava meu desejo
em teu jardim de céu ameno.

Só-Neta

Poema de Carlos Magno


Eu coloquei teus olhos no soneto.
Acrescentei de quebra teu sorriso,
porque formou-se entre nós dois um dueto,
da minha mão e o teu rosto liso.

Foi bom eu te ver brotar aqui agora
no quase por do sol dos meus espaços.
Do tempo que me resta até eu ir embora,
quero me ver te vendo nos meus braços.

Eu pus vários brinquedos no soneto.
O urso preto, o grande e aquele franzino.
só não botei o branquinho que te espeta.

E quando chegou o ultimo terceto
eu vi que tinha um erro pequenino.
Não era um soneto e sim uma só neta.